O livro O Pequeno Príncipe publicado por Saint-Exupéry em 1943, em Nova York, é um dos livros mais bem concebidos pelo sentido humano, poesia, beleza e expressão formal de sua escrita. Nada nele é supérfluo. Sempre novo a cada leitura, não por inesperadas revelações, mas pela permanência de sua mensagem que nos mostra uma profunda mudança de valores. Mostra também que não precisamos esquecer o nosso lado criança quando diante do mundo, das nossas preocupações diárias. Piloto de avião durante a 2ª Grande Guerra, o autor se fez o narrador da história, que começa com uma aventura vivida no deserto depois de uma pane no meio do Saara. Certa manhã, é acordado pelo Pequeno Príncipe, que lhe pede: "Desenha-me um carneiro?" É aí que começa o relato das fantasias de uma criança como as outras, que questiona as coisas mais simples da vida com pureza e ingenuidade. O principezinho havia deixado seu pequeno planeta, onde vivia apenas com uma rosa vaidosa e orgulhosa. A flor embora bonita e cheirosa era vã e exigente, ingênua e orgulhosa! Acreditava que seus espinhos a protegeriam, exigiu que o príncipe a cobrisse com uma tela. Disse-lhe para colocá-la sob um globo de vidro à noite para protegê-la do frio. Embora o príncipe a amasse, estava cansado de ouvir-lhe as exigências, assim ele partiu de seu planeta com um bando de pássaros em migração. Em suas andanças pela Galáxia, conheceu uma série de personagens inusitados – talvez não tão inusitados para as crianças! Na Terra queria descobrir amigos e conhecer muitos lugares e coisas. Um dia conheceu a raposa e fez amizade. Umas das coisas que ela lhe dissera foi: - A gente só conhece bem as coisas que cativou, os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas, mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! Antoine de Saint-Exupéry via os adultos como pessoas incapazes de entender o sentido da vida, pois haviam deixado de ser a criança