Trabalhos de sísifo na manutenção industrial
Engº Célio Cunha de Almeida Prado(1)
Coordenador Regional São Paulo do COPIMAN- Comité Panamericano de Ingenieria de Mantenimiento
Engenheiro Especialista de Manutenção da SABESP - Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
Engenheiro Mecânico pela Universidade Mackenzie, 1977
Pós graduado MBA Gestão da Qualidade, Escola Politécnica da USP / PECE 2003
Associado AESABESP – Associação dos Engenheiros da Sabesp
Associado ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção
Endereço(1): Rua Lício Marcondes do Amaral, 172, apto 34 A/5 – bairro Morumbi – São Paulo – SP – CEP 05616-100 – (11) 5683-3171 – celiocap@sabesp.com.br
RESUMO
Por tê-los enganado e espalhado seus segredos, os deuses haviam condenado Sísifo, filho de Eolo e fundador de Corintho, a empurrar sem descanso um rochedo até ao cume de uma montanha, de onde a grande pedra caía de novo em conseqüência do seu peso. Tinham os deuses do Olimpo pensado, com alguma razão, que não há castigo mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança. A saga de Sísifo, que desafiou e enganou os deuses do Olimpo, é citada na obra épica “Odisséia” de Homero como uma concepção grega do inferno, representado pelos seus trabalhos infrutíferos.
Já CAMUS (2002), na sua trilogia sobre o absurdo, expõe nosso herói com a aceitação de seu próprio destino, sabendo da impossibilidade de modificá-lo. Feliz, Sísifo executa ardorosamente sua tarefa, infinitas vezes.
Nos serviços de Manutenção muitos trabalhos parecem se enquadrar nessa categoria de serviços repetitivos, infrutíferos e inúteis.
Quantas vezes são elaborados cadastros de equipamentos e planos de manutenção; são abertas Ordens de Serviço; apontados a mão-de-obra e o material aplicado, e até causas de defeitos são insistentemente relacionadas, além tantos outros serviços, e ao final do mês ou nenhum relatório é produzido, ou análise nenhuma é produzida com estes dados.
Também na área operacional, quantas