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Geração da Utopia
O romance “Geração da Utopia” da autoria de Pepetela é uma biografia da geração que fez a independência de Angola e dos muitos rumos que ela tomou.
O autor começa em 1961, no início da revolta contra o sistema colonial, onde a UPA (União dos Povos de Angola, uma organização que defendia o massacre dos brancos e que mais tarde a maioria dos seus membros iriam para a UNITA pró-Estados Unidos) queima plantações de café, invade prisões e chacina colonos. Os estudantes angolanos que vivem em Portugal começam uma discussão sobre qual o papel que devem desempenhar nesta situação, qual o tipo de sociedade que devem construir. Estas discussões são atravessadas pelo racismo do sistema colonial, onde os negros desconfiam dos brancos, mesmo estes sendo nacionalistas angolanos. No fim, todos fogem de Portugal, ajudados pelo Partido Comunista Português e pelo ainda desconhecido MPLA e muitos vão para a guerrilha que já se organiza.
Nesta obra destacam-se as personagens Sara (estudante de Medicina e namorada de Malongo), Malongo (jogador de futebol no Benfica que namora com Sara),Aníbal (que era contra a guerra mas encontra-se na tropa) e Vítor (estudante). Estas personagens costumavam encontrar-se na Casa que era o espaço onde os estudantes se reuniam e falavam principalmente de política e da guerra colonial que se vivia na altura. Os jovens mantinham conversas secretas pois suspeitavam que houvesse pessoas ligadas à Pide na Casa.
Sara, apesar de ser descendente de angolanos, era a única personagem de raça branca daquele grupo. Era uma rapariga que gostava de se envolver na política. Sara, namorada de Malongo, tentava ajudar sempre que possível os amigos. Quando Aníbal tenta fugir da guerra, Sara oferece-se para ajudar Aníbal deixando-o ficar em sua casa. Quando este não pode ficar em sua casa Sara, arranja-lhe outro sitio para poder ficar. Aníbal fica em casa de Marta e, nessa altura, Sara conta-lhe que está gravida de Malongo. Passado uns meses da fuga