Trabalho
Aluna: Alaíse Primo e Silva
Professor: Marcelo
Disciplina: Introdução ao Filosófico
‘’ O riso dos outros ‘’
Com base nos textos motivadores e o relevante vídeo em questão, pode-se observar que o humor, seja qual for o seu objeto, não se explica apenas pela capacidade individual de criação. Seu fundamento são valores compartilhados socialmente e o humorista não é um indivíduo isolado, mas um ser social. A linguagem do comediante não é neutra. Todo discurso tem raízes na sociedade. Nem a piada nem o riso ocorrem no vácuo, seus alicerces são culturais, sociais, políticos e ideológicos. Quem fala, fala de um lugar determinado, está consciente do que pronuncia, espera um determinado efeito: provocar o riso. Quem ri também o faz conscientemente, e ao fazê-lo reforça a mensagem. Neste sentido, nem a fala nem o riso são naturais.
Para muitos, a forma mais fácil de provocar risadas é investir no preconceito, nos estereótipos. Os preconceitos arraigados na sociedade fornecem material abundante para os piadistas. O humor é cruel, caricatural. Expõem defeitos, limitações e faz rir; mas insulta! O humor insultante, preconceituoso parece o mais fácil, o que menos criatividade exige. Basta reproduzir o conservadorismo da maioria em forma de piada. Por isso, é o humor em seu nível mais baixo. Da mesma forma que encontra plateias numerosas que riem das mesmas piadas de sempre, também encontra defensores. Argumenta-se que este tipo de humor simplesmente colhe o pensamento existente e o reproduz de uma forma “engraçada”. É muito simples partir do pressuposto de que o humor apenas expressa o que a maioria pensa. Primeiro, o humorista também é educado pela mesma sociedade que forja e cristaliza tais pensamentos. Como garantir que ele também não incorpora o discurso que pronuncia ao seu público? Segundo, se a reflexão é necessária, é lícito indagarmos se e em que medida reprodutores de preconceitos fortalecem valores preconceituosos ou se contribuem