trabalho
Poeta e dramaturgo português, Gil Vicente é considerado por muitos estudiosos o pioneiro no teatro de Portugal, chamando-o de “Pai do teatro português”. Ficou famoso por sua obra chamada “A Farsa de Inês Pereira”, e também foi autor de “Auto da Barca do Inferno”. As obras do poeta marcam a fase histórica da passagem da Idade Média para o Renascimento (século XVI). Pouco se sabe sobre a vida pessoal de Gil Vicente, mas alguns estudos recentes afirmam que há grandes possibilidades de o autor ter nascido na cidade de Guimarães, em Portugal, no ano de 1466 e falecido em 1536, pois foi a partir deste ano que deixaram de encontrar qualquer referência ao seu nome nos documentos da época, além de ter parado de escrever durante esse tempo também. Gil se casou duas vezes e teve, ao todo, cinco filhos.
OBRA
Pode-se ter a obra do autor português como um reflexo da mudança dos tempos e da passagem da Idade Média para o Renascimento. Seu primeiro trabalho foi a peça em castelhano “Auto da Visitação”, que também ganhou o título de “Monólogo do Vaqueiro”, foi representada nos aposentos da Rainha D. Maria, a consorte de Dom Manuel, na celebração do nascimento do príncipe que viria a ser o futuro D. João III. Foi essa representação que atribuiu o marco de partida da história do teatro português. Com o grande sucesso do seu trabalho no palácio, Gil Vicente se tornou o responsável pela organização dos eventos da realeza. Podemos lembrar de Vicente como o principal representante da literatura renascentista portuguesa, anterior a Luís de Camões, que influenciou a cultura popular de Portugal.
As peças de Vicente são classificadas, por ele, em três grupos: obras de devoção, farsas e comédias. O filho do dramaturgo acrescentou uma nova classificação: a tragicomédia. Porém em tempos não tão passados, estudiosos resolveram considerar a obra em: autos de moralidade, cavaleirescos, pastoris, farsas e alegorias de temas profundos. No entanto, é importante lembrar que, em algumas