trabalho
O início do século XX foi bastante movimentado para os intelectuais brasileiros. A busca por uma identidade brasileira e pela definição do que seria a arte do Brasil incentivou vários artistas a buscar novas técnicas em grandes centros como Paris, Roma, Lisboa e Madri. Era preciso abandonar velhos valores estéticos e dar origem a uma arte que expressasse os valores da cultura brasileira.
Na poesia, por exemplo, a Semana de Arte Moderna de 1922 tinha como principais expoentes Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira. A Semana, na verdade, foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela platéia através de muitas vaias e gritos.
Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua real importância ao inserir suas idéias ao longo do tempo. O movimento modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos: Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento Antropofágico.
Todo novo movimento artístico é uma ruptura com os padrões utilizados pelo anterior, isto vale para todas as formas de expressões, sejam elas através da pintura, literatura, escultura, poesia, etc. Ocorre que nem sempre o novo é bem aceito, isto foi bastante evidente no caso do Modernismo, que, a principio, chocou por fugir completamente da estética européia tradicional que influenciava os artistas brasileiros.
Tarsila do Amaral (1886-1973) foi pintora e desenhista