Trabalho
REV: OUTUBRO 20, 2000
PANKAJ GHEMAWHAT
GUSTAVO A. HERRERO
LUIZ FELIPE MONTEIRO
Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais
Sob qualquer ponto de vista, 1999 foi um ano de divisor de águas para a Embraer. Nossa empresa registrou um recorde de US$ 230 milhões em lucro líquido e comemorou o nosso décimo trimestre consecutivo de crescimento nos lucros. A receita total chegou a US$ 1,89 bilhão, e ao final do ano os pedidos registrados totalizavam US$ 6,4 bilhões em pedidos confirmados e US$ 17,7 bilhões incluindo as opções — ambos recordes históricos. Maurício Botelho, CEO da Embraer, Relatório Anual de 1999
No início de 2000, a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.) era a quarta maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, atrás da americana Boeing, do consórcio europeu
Airbus e da canadense Bombardier. Embora muito menor, a Embraer tinha se revelado muito mais lucrativa em 1999 (ver Ilustração 1). Fundada pelo governo brasileiro em 1969, a Embraer foi privatizada em dezembro de 1994 — ano em que registrou um prejuízo de US$ 310 milhões sobre vendas de US$ 177 milhões (ver Ilustração 2). De lá para cá, a Embraer tornou-se líder mundial em jatos regionais. Em 1999, como maior exportadora do Brasil, a empresa entregou 97 jatos desse alcance, em comparação com 82 da Bombardier of Canada, 23 da British Aerospace e 15 da Fairchild
Dornier. A Embraer registrou receitas de US$ 1,9 bilhão naquele ano, dos quais 65% em custo de vendas, 10% em despesas operacionais (com 6% em despesas de vendas), 13% em despesas financeiras e outras despesas não operacionais, e 12% de rendimento líquido. Sua carteira de pedidos no fim de 1999 incluía pedidos confirmados de 387 aeronaves, das quais 371 eram jatos regionais, a um valor total de US$ 6,4 bilhões, e 729 unidades de opções de compra (pedidos sujeitos a confirmação pelos clientes entre 12 e 18 meses antes da entrega), no equivalente a um faturamento adicional de US$ 11,3 bilhões.