Trabalho
“Os efeitos do movimento de libertação sexual, intensificado a partir da década de 60, e o início, cada vez mais precoce das relações provocaram o aumento da freqüência da gravidez na adolescência, fenômeno observado em diversos países. Os indicadores escolaridade, renda familiar e local de moradia podem determinar tanto o acesso quanto à qualidade da assistência prestada pelos serviços de saúde”. (GAMA, SZWARCWALD & LEAL apud PORTO, 2002, p.385)
Em países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, trabalhos têm mostrado a preocupação com a prevenção da desnutrição infantil por meio da promoção da saúde, incentivando assim, a amamentação, principalmente em mães adolescentes. (VIEIRA, 2003).
A pesquisa realizada em Montes Claros – MG (Frota & Marcopito, 2002), que visou estimar a prevalência de amamentação entre mães adolescentes e não adolescentes, bem como identificar os fatores associados ao desmame, concluiu que:
“As interações observadas com as adolescentes em relação ao desmame sugerem que a maternidade nessa faixa etária tem peculiaridades que a mantém como objeto especial de estudo”.(FROTA & MARCOPITO, 2002, p.85)
Dessa forma elaboramos as seguintes questões norteadoras: • Como é o perfil desta mãe adolescente? • Qual foi o seu período de amamentação exclusiva? • Quais foram os fatores que influenciaram positivamente e negativamente na decisão de amamentar?
Durante a realização de revisões bibliográficas sobre amamentação, tema que sempre nos interessou, constatamos o alto índice de gravidez na adolescência em nosso País, e que, além dessa gravidez precoce, o índice de aleitamento materno exclusivo entre essas mães adolescentes é muito baixo, ocorrendo assim um desmame precoce desses bebês.
A revisão bibliográfica sobre amamentação entre mães adolescentes e não-adolescentes, mostrou que:
“[...] a proporção de mães amamentando exclusivamente era menor