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A questão do deslocamento interurbano nas metrópoles do mundo está em pauta nos grandes debates acerca do futuro das cidades grandes. guilhermescarpellini@gmail.com Em tempos de crescimento célere da frota de veículos circulando pelas metrópoles do mundo afora nos últimos anos, mobilidade urbana talvez seja o tema mais pertinente deste século XXI. O fato é que todas as cidades do mundo - sejam elas provenientes de países de primeiro mundo ou não – estão passando por dificuldades no deslocamento interurbano.
Entendo que o aumento do número de carro por habitante, em todas as cidades do mundo, é uma tendência, porém, a grande diferença está no saber lidar com essa situação. Governos de países do primeiro mundo sempre investiram em sistema de transporte alternativo, o que contribuiu para o desafogamento das vias públicas, evitando o colapso das cidades.
Tomando como ponto de partida o Brasil, país que pouco investiu em transporte sobre trilhos, está sendo obrigado a conviver com excesso de carros nas vias. O trabalhador brasileiro, culturalmente, tem como plano primordial, a aquisição do próprio meio de transporte. Se tratando, ainda, de um cenário onde está havendo a valorização do trabalho, como crescimento da renda e diminuição do desemprego, é natural que o trabalhador brasileiro adquira o seu carro próprio. Isso explica o grande número de veículos que vem sendo despejado a todos os anos nas ruas das capitais do país.
As nações desenvolvidas, talvez por já terem passado por esse cenário favorável da economia, e, principalmente, por terem a cultura de investir e utilizar outros meios de locomoção, conseguiram evitar o colapso total das suas cidades. Entretanto, devo destacar, que o problema de deslocamento não diz respeito somente a países em desenvolvimento. Em Nova Iorque, por exemplo, mesmo com um sistema de metrô que atenda a toda população, o trânsito ainda beira ao caos. Agora, imagine como seria sem