trabalho
MARIA JAINY DE SOUZA PAIVA
DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA “QUESTÃO SOCIAL” E SERVIÇO SOCIAL
JOÃO PESSOA-PB 2014
O desemprego dos anos 1980 e a relação com a crise do desenvolvimentismo
A vulnerabilidade externa se acentuada na década de 1980, quando o tripé que ofereceu sustentação ao padrão desenvolvimentista (setor produtivo estatal, capital nacional e capital internacional) é levado à reformulação de suas bases (Antunes, 2006). Isso significa dizer o seguinte: o desenvolvimento econômico alcançado a partir dos anos 1950 e que teve seu auge no “milagre econômico” foi proporcionado pela conjugação dessas três forças cumprindo distintos papéis na dinamização do setor de bens de produção e bens de consumo duráveis. A começar pelo Estado, Mattoso (1995) considera que este tem comprometida sua capacidade de intervenção no setor produtivo diante do desequilíbrio das finanças públicas ocasionado pela diminuição dos investimentos internacionais. “Registram-se, desse modo, cortes orçamentários no Setor Produtivo Estatal (SPE), fazendo com que este deixasse de atuar como força estabilizadora, tornando-se fator agravante e quiçá, percursos do forte movimento recessivo desencadeado em fins de 1980” (Reichustul e Coutinho,1998, p. 46). Exemplo disso, segundo os autores, é tendência à queda na participação das empresas estatais no conjunto da formação de capital fixo (máquinas, equipamentos, edifícios) observada ao longo dos anos 1980 o que, conseqüentemente, acaba por repercutir na retração de sua participação também na formação do capital variável (volumes de empregos).
O capital nacional, sócio minoritário do grande capital, também tem afetada sua rentabilidade não só devido ao refluxo dos investimentos internacional altamente monopolista como também devido à dependência da