trabalho
Se hoje as discussões sobre o doping no esporte (tendo o caso do atleta do ciclismo Lance Armstrong como o mais recente “escândalo”) dominam o noticiário, podemos dar uma olhada para o passado, para ver que o Esporte de Farmácia sempre foi uma modalidade bastante popular.
Voltemos ao ano de 1945. A indústria farmacêutica, que sempre se pautou pelo discurso da saúde e das ciências médicas para a venda de seus produtos, e agora valorizava também os aspectos estéticos. A propaganda do regulador intestinal Gynestol, veiculada em Belo Horizonte neste ano[1], dá uma idéia de como essa relação entre saúde e beleza ocorria.
O anúncio mostra uma mulher em trajes esportivos, curtos, comemorando ao cruzar a linha de chegada de uma competição esportiva. Junto à imagem, os dizeres: “Garante a saúde e a alegria da mulher!” Uma análise nos permite perceber não só a mensagem direta da saúde e alegria ligada ao uso do produto, mas dá indícios do novo padrão de beleza corporal feminina. O corpo feminino estava agora muito mais exposto do que em anos anteriores, graças aos trajes esportivos. A prática esportiva também tornara esse corpo mais esbelto, saudável e tonificado.
'Seja Sportiva
Mas, conserve sua beleza.
O cansaço dos sports, a agua do mar, o sol ardente e o calor resecante da areia são os maiores inimigos da pele. Para conservar sua belleza, alimente, amacie e proteja a sua cútis com massagens diárias de Creme Simon – o creme de beleza das Parisienses[3].'
As mulheres eram agora estimuladas a saírem às ruas, mas para isso, seus corpos deveriam estar bem cuidados, saudáveis, e obedecer a um novo padrão de beleza. Um corpo