TRABALHO
Mapa(apresentado no slad) explicar as principais diferenças da descriminalização do aborto em relação a questão social (Brasil x outros países) países destacados: Portugal,Europa de uma maneira geral e China
O Globo, em sua edição de domingo, 10 de outubro, publicou matéria de capa, com dados que demonstram que o aborto ilegal mata uma mulher a cada dois dias no país. Em que pese a atual criminalização do aborto, uma mulher o pratica a cada 33 segundos, apenas no Brasil. Uma em cada cinco brasileiras já abortou. A grande maioria delas, especialmente as de menor renda, não tem como buscar atendimento público e gratuito de saúde, submetendo-se a práticas perigosas e até fatais. Inevitável reconhecer, portanto, que este é um tema de saúde pública.
Para uma discussão sobre a mudança da lei temos, no Brasil, que juntar quatro argumentos: o grave problema de saúde pública; a autonomia da mulher e o respeito, num Estado laico, à diferença; a diferenciação das fases de gestação (difereciar embrião e feto de vida humana); e chamar a atenção da população brasileira para a questão de se quer realmente que as mulheres que realizam o aborto sejam presas (todo mundo conhece ou sabe de alguma mulher que fez aborto). Sobre esse último ponto parece que não: a população pode até - de forma pouco refletida - ser contra a descriminalização do aborto, mas não quer ver a mulher presa por isso. Então: que lei é essa que se quer manter, mas que não se quer que seja cumprida?
POR QUE PORTUGAL UM PAÍS QUASE TOTALMENTE HEGEMONIZADO PELO CRISTIANISMO AVANÇASSE MAIS QUE O BRASIL EM RELAÇÃO AO DEBATE DO ABORTO? Em Portugal foi realizado um plebiscito em 1998 e a população optou pela manutenção da lei punitiva. Logo após esse plebiscito, a lei começou a ser aplicada e isso assustou a população: houve julgamentos e condenações em massa. Isso criou um ambiente para a realização do plebiscito de 2007 que descriminalizou o aborto até a décima semana de gestação, a