Trabalho
Esse ambiente também evidencia que, talvez pela primeira vez na história do capitalismo ocidental, as organizações deixam de ter ”posse” quase que absoluta dos recursos até então escassos – e que por isso mesmo representavam suas vantagens competitivas.
Agora, para superar os obstáculos e os desafios, as organizações precisam de pessoas que pensem, inovem, avaliem, julguem, formulem hipóteses – características que superam a etapa do conhecimento no processo de desenvolvimento cognitivo.
Assim, as empresas precisam saber como atrair e manter esse tipo de pessoas, como avaliar e remunerar pessoas cujos vínculos são basicamente com suas próprias agendas, como fazer com que essas pessoas queiram “criar” e disponibilizar inteligência. A propriedade do recurso escasso – inteligência – não é mais da empresa, mesmo podendo pagar por isso; isso é das pessoas.
Outros desafios emergem dessa realidade: o que é motivação para essas pessoas? O que é liderar esse tipo de gente? O que é necessário, afinal, para ser um líder nesse ambiente? E qual o modelo de gestão de pessoas que deve ser desenhado para criar um espaço propício à emergência de desempenhos inovadores e empreendedores?
Do ponto de vista dos negócios, pode ser uma alternativa consistente a escolha do modelo de estratégia orientada por recursos – parte dos quais são as competências das pessoas (suas inteligências, em especial), que precisam ser transformadas em competências essenciais da organização, que sustentam o valor dos seus produtos ou serviços e que sejam percebidos como valor pelos clientes.
Para educar pessoas para uma realidade e competências tão complexas, são necessários desenhos de conteúdos e de metodologias correspondentes – este é o escopo deste