trabalho
2_Na Antigüidade, o trabalho era entendido como a atividade dos que haviam perdido a liberdade. O seu significado confundia-se com o de sofrimento ou infortúnio. O homem, no exercício do trabalho, sofre ao vacilar sob um fardo. O fardo pode ser invisível, pois, na verdade, é o fardo social da falta de independência e de liberdade.
Na Idade Moderna, passou-se a fazer diferenciação entre o trabalho qualificado e o não qualificado, entre o produtivo e o não produtivo, aprofundando-se a distinção entre trabalho manual e intelectual. Essas concepções diferenciadas não deixam de ser o entendimento subjacente à distinção fundamental entre labor e trabalho do período helênico.
O que ocorreu foi o deslocamento do labor, que possui, tanto na esfera pública como na esfera privada, uma produtividade própria, por maus fúteis ou pouco duráveis que sejam os seus produtos e seu consum
3_Este artigo tem como objetivo fazer uma análise expositiva acerca do fetichismo da Mercadoria em Marx, correlacionando suas características com conceitos operacionais (mais que) oportunos do pensamento marxista. Dar-se-á especial atenção à alienação, à ideologia e à teoria da mais-valia, enquanto conceitos fundamentais para um enfoque crítico do caráter fetichista da mercadoria.
Nas considerações a seguir, pretende-se remeter a algumas idéias apresentadas por Isaak Rubin em "A Teoria Marxista do Valor", bem como ao ideário de Marx enquanto expoente da filosofia da política e do trabalho. Para que se possa chegar, pois, à "coisificação" das relações sociais, o que Marx chama de fetichismo da mercadoria, faz-se mister preliminarmente enfocar alguns aspectos concernentes à análise marxista do capitalismo.
A base do pensamento marxista é o materialismo histórico-dialético. Sucintamente, por materialismo se entende a doutrina filosófica que exacerba a idéia da concretude material como anterior ao mundo subjetivo, condicionando as idéias e a realidade social. Logo, é