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Nos últimos anos, os papeleiros movem-se em outra direção: ampliar o mix de produtos, vendendo itens de maior valor agregado, principalmente na área de informática, e oferecer um leque maior de serviços, como fazer cartão de visitas para o cliente, além das já conhecidas fotocópia e encadernação.
As mudanças têm surtido efeito em um setor bastante pulverizado. Há cerca de 25 mil papelarias pelo país - geralmente negócios pequenos e familiares. Segundo Said Tayar, diretor de comunicação da Brasil Escolar, o setor cresceu 10% e faturou R$ 4,5 bilhões em 2006. Ele acredita que o feito pode ser repetido este ano. "A idéia é oferecer serviços que uma grande rede não pode fazer como, por exemplo, padronizar o envelope ou o papel de carta. Hoje, entre 15% a 20% do faturamento de uma papelaria é obtido com serviços", afirma.
Sidiney Patriani Fusco tem aplicado as novas tendências dentro de sua loja, a Papelaria Aliança, fundada há 26 anos no bairro do Limão, em São Paulo. Segundo ele, o negócio cresceu 10% no ano passado e para este ano, a expectativa é repetir o desempenho. "Estou trabalhando um mix de produtos mais sortido", comenta.
Nos últimos dois anos, Fusco quase dobrou a quantidade de itens da papelaria, para cerca de 5 mil, e está reformando a loja, para aumentar a área em 20%. Dessa forma, poderá trabalhar com livros (já que não há uma livraria na região) e ampliar a seção de informática. Hoje, itens de informática e escritório já representam 60% das vendas, enquanto material escolar responde pelo restante.
Antonio Carlos Fernandes Sereno, proprietário da papelaria Brasil Escolar, em Volta Redonda, no Rio, também