trabalho
Este trabalho tem como finalidade falar da trajetória do Movimento Feminista nos anos 90, além de identificar seus novos espaços de organização à partir dos processos de democratização e de globalização.
Movimento Feminista dos anos 90
Diferentemente dos anos 70, o feminismo nos anos 90 se diversifica nos espaços e lugares em que atuava e também onde circulava o discurso feminista. Durante a ditadura militar, o movimento feminista, como todo movimento social, tinha uma posição de confronto em relação ao Estado. Com a retornada da democracia, a postura passou a ser diferente, de uma forma reinvidicadora, essa postura teve como apoio a pressão internacional por políticas públicas voltadas para as especificidades das mulheres.
Na década de 90, as diferenças entre o Movimento Feminista e o Movimento de Mulheres ficam cada vez mais ofuscadas, dado o aumento de mulheres pobres, trabalhadoras, negras, lésbicas, sindicalistas, ativistas católicas progressistas e de outros setores do movimento de mulheres que aderem os elementos centrais do ideário e do imaginário feministas, adequando-os de acordo com suas posições, preferências ideológicas e identidades particulares. As mulheres dos movimentos pertencem a grupos e classes sociais muito diversos, a raças e etnias diferentes, com sexualidades e trajetórias políticas distintas, isto é mulheres feministas que não se limitavam ás atividades das organizações do feminismo. Nessa década os movimentos de massa são substituídos por outras formas de organizações populares, devido ao neoliberalismo que alterou a relação dos movimentos sociais. Com as intenções do governo de ajustes estruturais, os movimentos se deparam com uma política minimizada, que ameaça as conquistas e causam retrocessos na pauta das suas reivindicações. Os elementos e as categorias de análises, tendo como foco o Movimento Feminista baseiam-se nas agendas e nas práticas desse movimento buscando compreender o distanciamento de