trabalho
Paul Collier entra no debate sobre a eficácia da ajuda internacional na redução da pobreza e na promoção do desenvolvimento de países pobres.
O foco da pesquisa de Collier é no que ele chama de “o Milhões da pobreza” o grupo de pessoas que vivem em sociedades com extrema pobreza, sendo que 70% dessas pessoas estão no continente africano em países como Chade, Congo, República Centro-Africana, Serra Leoa, Uganda, Burkina Faso, Nigéria, etc. que apresentam algumas ou todas das quatro armadilhas ao desenvolvimento: (1) conflitos armados, (2) a maldição dos recursos naturais, (3) interioridade e ma vizinhança (países sem acesso ao litoral e cercado por países pobres e maus vizinhos); e (4) ma governação (governos ineficientes).
Em relação aos conflitos armados
O autor mostra que países de baixa renda, sem crescimento económico e com riquezas naturais têm maior probabilidade de ter uma guerra civil. Uma vez que esses países passam por guerras civis, aumenta muito a probabilidade de novas guerras. O autor mostra, por exemplo, que metade das guerras civis são guerras recorrentes; ou seja, uma vez que há um conflito armado em um país, esse país tem 50% de chance de ter uma nova guerra civil ao longo dos próximos 10 anos. A solução nesse caso passa, segundo o autor, pela formação de uma força de paz internacional nesses países e o desmonte da força armada doméstica.
No caso da maldição dos recursos naturais
Um velho tópico nos artigos de economia, o autor mostra que a descoberta de recursos naturais em países “pobres” leva ao que se chama de doença holandesa; com apreciação da moeda local que prejudica as demais exportações além de aumentar a rivalidade entre grupos políticos para se apropriar da riqueza do país. Isso ocorreria tanto em ditaduras como também em governos “democráticos”, já que nada impediria a organização de grupos rivais em eleições para se apropriar da riqueza do país e comprar apoio político. A