trabalho
Para Bion o pensar é um processo que depende do resultado bem-sucedido de dois desenvolvimentos mentais básicos:
a) Desenvolvimento dos pensamentos;
b) Desenvolvimento de um aparelho para pensar os pensamentos.
Bion deu grande importância a um estado mental de descobrimento, o que implica o amor às verdades, superação de resistências psíquicas, de um processo de sucessivas transformações, de uma disposição para o sofrimento e de uma contínua mudança de vértices de pensamentos e conhecimentos. Enfatiza que há uma grande diferença entre o aprender acerca das coisas e o aprender emocionalmente com a experiência das coisas.
Para Bion, é preciso desenvolver um “aparelho para pensar os pensamentos”. Os protopensamentos, que são também chamados de elementos β (beta), precedem o pensador. Os elementos β são “coisas em si”, sensações, sentimentos e vivências que não se presta à função de pensar, mas sim de ser evacuado por identificações projetivas. Para serem transformados, esses elementos β precisam de um aparelho que tenha uma função α (alfa) que é o processo de pensamento e raciocínio, em que os elementos β são transformados em elementos α, assim como também se apresentam os produtos finais: gestos, palavras e formulações mais abstratas. Os elementos α são as impressões sensoriais e as experiências emocionais transformadas, predominantemente, em imagens visuais utilizadas nas recordações e nos sonhos e para as funções de simbolizar e pensar. Bion destaca a importância da função α por parte da mãe, através da rêverie, para que o filho também possa desenvolvê-la. O mesmo acontece na relação entre a função α do terapeuta na relação com o paciente.
Rêverie é a capacidade da mãe de permanecer em uma atitude de poder receber, acolher, decodificar, significar e nomear as angústias e as identificações projetivas do filho. O mesmo se passa entre terapeuta e paciente.
Bion atribuiu grande importância à dor psíquica, no sentido de que