TRABALHO
Ouro Preto/2013 Caras Pintadas
Foi um movimento, que ocorreu no Brasil no ano de 1992. O objetivo principal do movimento era o impeachment do até então presidente, Fernando Collor de Mello. O movimento se deu início quando o irmão do ex-presidente, Pedro Collor de Mello foi à revista VEJA, em maio de 1992, com documentos que indicavam a corrupção do governo Collor. A revista publicou posteriormente vasto material que implicava em crimes de enriquecimento ilícito, evasão de divisas e tráfico de influência, e comprometia a manutenção de Fernando Collor na Presidência. A população assistiu indignada a escalada de acusações de Pedro Collor a seu irmão (o presidente) e a Paulo César Farias (conhecido por PC Farias). Uma CPI instalou-se em 1º de junho, e o primeiro a ser ouvido foi o acusador Pedro Collor. Com o desenrolar das investigações, as acusações foram sendo substancialmente fundamentadas. A imagem que Fernando Collor passou durante a campanha presidencial, de "jovem bonvivant", "honesto" e "caçador de marajás", agora contrastavam com a péssima imagem de "confiscador" e "criminoso" perante a população.
A CPI julgava o caso e os estudantes se manifestavam exigindo o impeachment do presidente em exercício no Brasil. O movimento tomou as ruas das principais cidades brasileiras e recebeu esse nome justamente porque os estudantes reuniam-se com seus rostos pintados com as cores da bandeira do Brasil, verde e amarelo, para manifestar contra a corrupção na presidência. No final do ano de 1992, no dia 29 de dezembro, Fernando Collor de Mello renunciou ao seu cargo na expectativa de manter seus direitos políticos. No entanto, a pressão do movimento dos Caras Pintadas foi tamanha que o Congresso Nacional se sentiu forçado a julgar o caso e realmente concluir pela deposição do presidente, que foi substituído por seu vice, Itamar Franco.
A imagem dos estudantes conscientes, desafiadores, rebeldes dos anos 60