Trabalho P
Lente de contato
Por volta de 1508, Leonardo Da Vinci imaginou a construção de uma lente que, posta na superfície do globo ocular, poderia corrigir os problemas de visão. No século XVII, o filósofo, físico e matemático francês René Descartes foi autor de uma idéia semelhante.
Em 1823, o astrônomo e físico inglês John Herschel expôs a idéia de que seria possível fabricar um tipo de lente de contato cujo lado de fora, ou superfície anterior, teria o mesmo poder de refração dos olhos, enquanto o lado de dentro, ou superfície posterior, seria moldado de modo a corresponder às irregularidades da córnea, membrana que recobre a parte colorida dos olhos, chamada íris. August Muller, fabricante de olhos artificiais, confeccionou na Alemanha, em 1887, as primeiras lentes que realmente foram usadas. Sua finalidade, basicamente, era suprir uma deficiência: umedecer a córnea de um paciente que tivera as pálpebras retiradas numa cirurgia.
Em 1888, o pesquisador suíço Adolphe Eugène Fick criou lentes cujo objetivo era à correção visual, e não mais a proteção dos olhos. Por esse motivo ele é considerado o inventor da lente de contato. Suas lentes eram confeccionadas em vidro soprado, desbastado e polido, e ocupavam toda a superfície dos olhos, incluindo a córnea e a esclerótica (parte branca). Foram chamadas, por isso, de lentes escleróticas. As pessoas escolhem usar lentes de contato por diversas razões. Muitos consideram que sua aparência fica mais atraente com o uso de lentes de contato, em comparação com os óculos. As lentes de contato são menos afetadas pelo clima úmido, não embaçam e proporcionam um campo de visão mais amplo. Elas são mais adequadas para diversas atividades esportivas. Adicionalmente, condições oftalmológicas como a ceratocone e aniseiconia podem não ser precisamente corrigidas com o uso de óculos. Estima-se que cerca de 125 milhões de pessoas no mundo usem lentes de contato (2% da população mundial), incluindo 28 a 38 milhões nos Estados