Trabalho universitário
12/12/2012 | TAGS: LUTO, SAÚDE MENTAL, TRAUMA PSICOLÓGICO
A palavra luto, originalmente, significa sentimento de pesar pela morte de alguém. É um processo que, normalmente, tem começo, meio e fim. A maior intensidade ocorre na hora em que se perde o ente querido e esse sentimento vai decrescendo até tornar-se, progressivamente, uma lembrança. Porém, quando esse processo pode não se finalizar de forma correta, impedindo que o indivíduo retorne as suas atividades cotidianas, se dá início ao que se chamada de Luto Patológico.
“Uma perda pode ser vista pelas pessoas como ‘um choque’, no sentido literal da palavra e, de forma semelhante a um machucado físico, o conhecido ‘ferimento’ que aos poucos se cura. Porém, no processo de cicatrização podem ocorrer complicações e a cura se torna um processo mais lento. Nesses casos surgem as condições anormais, propiciando o aparecimento de outros tipos de doenças”, aponta Régis Siqueira Ramos, psicólogo ligado ao Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Luto da Faculdade de Medicina da USP (NIPPEL/HCFMUSP).
O processo do luto
No processo de luto normal que ocorre após a morte de uma pessoa querida, se vivenciam sentimentos de ambivalência entre a aceitação da perda de um lado, e o ajuste vivencial ao (novo) ambiente sem a pessoa perdida.
“E, nestes casos, muitos dos sintomas relacionados ao luto se assemelham aos da depressão, ou seja, um dos aspectos diferenciais para esse diagnóstico é a preservação da autoestima pelo indivíduo, coisa que não se observa no processo depressivo. Aliás, sabe-se que antes dos dois meses de luto, os sentimentos se sobrepõem a outros e, por exemplo, é mais difícil diferenciarmos estes sentimentos dos quadros uma vez que muitos destes sentimentos de perda ainda estão presentes”, diz Ramos.
Quando o luto passa a ser doença
De acordo com o especialista, esse tipo de luto patológico, ou seja, que não se finaliza dentro do tempo esperado, pode