Trabalho Sobre LEISHMANIA
Os hospedeiros vertebrados incluem uma grande variedade de mamíferos. Embora as infecções por esses parasitos sejam mais comuns nos roedores e canídeos, são conhecidas também entre edentados, marsupiais, procionídeos, ungulados primitivos, primatas e, entre estes, o homem. Como hospedeiros invertebrados são identificados, exclusivamente, fêmeas de insetos hematófagos conhecidos como flebotomíneos (Diptera: Psychodidae da subfamília Phlebotominae). A transmissão ocorre por mecanismo complexo, através da picada do inseto infectado, no momento da hematofagia.
A infecção em aves e anfíbios nunca foi descrita, e os organismos encontrados parasitando répteis, principalmente lagartos, que até o século passado pertenciam ao gênero Leishmania, foram agrupados em outro gênero, o Sauroleishmania.
MORFOLOGIA
A morfologia dos parasitos deste gênero guarda, de certa forma, semelhança entre as diferentes espécies. Esta semelhança contribui, por muito tempo, para a divulgação e persistência do conceito, errôneo, de que através desta característica os parasitos eram indistinguíveis. Em decorrência disto, muitas observações morfológicas sobre parasitos foram pouco valorizadas na identificação e classificação das espécies.
As amastígotas, no interior das células fagocitárias ou livres, dependendo da preparação, quando fixadas e coradas pelos métodos derivados do Romanovsky (como Giemsa, Leishman ou pelo PANOTICO®), aparecem à microscopia óptica como organismos ovais, esféricos ou fusiformes. No citoplasma, corado em azul-claro, são encontrados: núcleo grande e arredondado,