Trabalho sobre egito
Nos últimos 100 anos os arqueólogos foram dando uma importância crescente aos animais mumificados no Antigo Egipto. Aquando do seu aparecimento em 1888, as primeiras múmias de animais eram encontradas aos milhares e transportadas para Londres para... serem utilizadas como fertilizantes. Hoje são estudadas pelas mais avançadas técnicas etnográficas. O que mudou?
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Ouro, pedras preciosas e riquezas: no século XIX, os exploradores no Egipto não davam grande importância à mumificação e à arqueologia em si, mas antes aos benefícios que isso lhes poderia trazer. Quando em 1888 apareceram as primeiras múmias de animais, pouco ou nada mudou. Os artefactos eram enviados para Inglaterra, onde podiam ser mais rentáveis, sendo utilizados como fertilizantes.
Nos cem anos que se seguiram a esta descoberta, muita coisa mudou. A arqueologia passou de caça ao tesouro a Ciência, uma ponte entre civilizações e pessoas longínquas. E essa ponte é feita através de detalhes, que podem ser tão pequenos como os animais de estimação que os egípcios tinham há 5000 anos atrás.
Hoje em dia as exposições de animais mumificados já são umas das áreas mais procuradas nos museus egípcios. Podem encontrar-se gatos enrolados em tiras de linho, musaranhos em caixas com pedras preciosas incrustadas, carneiros com revestimento de ouro, uma gazela embrulhada em esteiras de papiro e um crocodilo mumificado com os próprios bebés dentro da boca, entre outras raridades.
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Segundo a egiptóloga Salima Ikram, professora da Universidade Americana do Cairo, existem basicamente três razões pelas quais os egípcios mumificavam os animais. Alguns eram animais de estimação e acompanhavam o dono durante a eternidade; existem casos de reis enterrados com leões, macacos e cães a seu lado. Outros animais (ou pelo menos parte deles) eram conservados como alimento. As melhores