TRABALHO RESISTENCIA MATERIAIS
Resistencia dos Materiais: MASP
Felipe Mioto
José Igor Fioravante
Marcelo Simionato
Thiago Murayama
BAURU
2015
Introdução
Foi a beleza deste mirante que o doador do terreno à prefeitura, o engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, construtor da Avenida Paulista e precursor do urbanismo no Brasil, fizera questão de preservar. No ato da doação, vinculou-a ao compromisso expresso de que jamais se construiria ali obra que prejudicasse a amplidão do panorama. A exigência acabou se tornando a pedra fundamental do futuro vão livre, que tornou a arquitetura do museu conhecida em todo o mundo. Projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, o prédio, suspenso sobre quatro colunas ligadas por duas gigantescas vigas de concreto, cumpre a promessa de manutenção do belvedere, deixando 8 metros de altura numa extensão de 70 metros.
O velho Trianon havia sido demolido em 1957. A prefeitura preparava-se para construir na área um novo salão de bailes quando Lina passou por ali, vendo pela primeira vez o terreno "pelado". Foi uma revelação súbita. No mesmo instante, teve certeza de que aquele "era" o lugar onde o MASP tinha que ser construído, o único ponto de São Paulo que reunia os requisitos de projeção popular e dignidade para tornar-se a sede do primeiro Museu de Arte de cidade da América Latina. “Nada de colunas, setenta metros de luz, oito metros de pé direito e meu projeto só poderia ser realizado em concreto protendido, descreve a arquiteta Lina,”. As obras começaram ainda em 1960 e só terminaram oito anos depois. Projeto de difícil execução, inclusive por complicadores como o terreno daquele trecho da Avenida Paulista - um aterro por baixo do qual passa o túnel 9 de Julho - teve que superar obstáculos dentro e fora dos canteiros. O primeiro problema foi a resistência da construtora, em aceitar o método "calda de injeção" patenteado por Ferraz para o concreto protendido. Outras dificuldades vieram ainda por conta das prioridades eleitas pelas