Trabalho português
A. Segundo Koch e Travaglia
"O texto será entendido como uma unidade lingüística concreta, que é tomada pelos usuários da língua, em uma situação de interação comunicativa específica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente da sua extensão”.(Koch e Travaglia, 1989).
B. Segundo M.H. Duarte Marques
Do ponto de vista lingüístico, que nos interessa nessa unidade, adotamos, como ponto de partida, as considerações de Marques (1990). Na sua abordagem, textos são conjuntos de unidades discursivas estruturadas, não apenas de acordo com padrões sintático-gramaticais, mas também inter-relacionadas segundo princípios lógico-semânticos, de que a gramática não dá conta.
Lógico-semânticos constituem textos. Textos caracterizam-se, assim, pela coerência conceitual, pela coesão seqüencial de seus constituintes no plano do significado, pela adequação às circunstâncias e condições de uso da língua.
O conceito que normalmente temos de texto é empírico. Diante de uma série de enunciados não inter-relacionados dentro desses princípios lógico-semânticos, numa dada situação de uso da língua, sabemos que não estamos diante de um texto. Para que identifiquemos como texto uma série de enunciados encadeados, é preciso que a seqüência de enunciados forme um todo significativo, constitua uma unidade de sentido, nas circunstâncias de uso em que ocorrem.
Um texto pode ser, portanto, escrito ou falado, apresentar extensão ou duração variáveis, concretizar-se em qualquer registro, ou modalidade de uso, da língua.
Um texto pode ser uma passagem escrita, em verso, ou em prosa, um provérbio, uma legenda de fotografia, uma simples exclamação, a totalidade de um livro, um artigo de periódico, uma crônica, um verbete de dicionário, uma reportagem, um anúncio. Um texto pode ser uma seqüência de atos de fala, um diálogo, uma conversa telefônica, uma conferência, uma aula, um simples grito, longas