Trabalho NEAB Vitor Fabiano Silva

UFJF-NEAB / PÓS-GRADUAÇÃO RELIGIÃO E RELIGIOSIDADES AFRO-BRASILEIRAS
ALUNO: VITOR FABIANO SILVA

Textos analisados:
Antônio Gracias Vieira Filho. Domingo na Igreja, sexta-feira no terreiro: As disputas simbólicas entre Igreja Universal do Reino de Deus e umbanda.
Reginaldo Prandi. O Brasil com axé: candomblé e umbanda no mercado religioso.

Reginaldo Prandi. O Brasil com axé: candomblé e umbanda no mercado religioso.
O Artigo de Reginaldo Prandi, “O Brasil com axé: Candomblé e Umbanda no Mercado
Religioso”, vem a explicitar os contrastes e as mudanças que encontramos no país em relação às religiões afro-brasileiras. As religiões afro-brasileiras em mudança
Prandi disserta que o Candomblé da Bahia e demais modalidades religiosas conhecidas pelas denominações regionais de xangô, em Pernambuco, tambor-de-mina, no Maranhão, e batuque, no Rio
Grande do Sul, formavam, até meados do século XX, uma espécie de instituição de resistência cultural, primeiramente dos africanos, e depois dos afrodescendentes, resistência à escravidão e aos mecanismos de dominação da sociedade branca e cristã que marginalizou os negros e os mestiços mesmo após a abolição da escravatura. Eram religiões de preservação do patrimônio étnico dos descendentes dos antigos escravos.
Porém, no início do século XX, enquanto os cultos africanos tradicionais eram preservados em seus nascedouros brasileiros, uma nova religião se formava no Rio de Janeiro, a Umbanda, síntese dos antigos candomblés banto e de caboclo transplantados da Bahia para o Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o XX, com o espiritismo kardecista, chegado da França no final do século XIX. Rapidamente disseminada por todo o Brasil, a umbanda prometia ser a única grande religião afro-brasileira destinada a se impor como universal e presente em todo o País. Chamada de “a religião brasileira” por excelência, a umbanda juntou o catolicismo branco, a tradição dos orixás da vertente negra, e símbolos, espíritos e rituais de referência