trabalho Liliane pronto
Segue abaixo os principais pontos da leitura do livro de Dejours “A Loucura do Trabalho”.
No capítulo 01, intitulado “As estratégias defensivas”, o autor analisa o modo de vida do que ele chama de "subproletariado" − população pobre, habitante de favelas e cortiços e faz uma análise da relação dessas pessoas com as doenças. A doença é vista como algo vergonhoso, que não se deve admitir em público, havendo como único cuidado real com as doenças, apenas quando se trata das crianças. O autor cita ainda a relação entre doença e vagabundagem e a aversão às figuras do médico e do hospital. A vagabundagem é tida como uma paralisação do trabalho, surgindo a ideia de que "o homem não pode adoecer".
O autor aponta, após essa análise, dois comportamentos característicos:
O primeiro é em relação ao corpo e à dor. O corpo é "tanto mais aceito quanto menos se tiver necessidade de falar dele" (p. 33). E a dor é o que atrapalha o corpo de continuar a trabalhar, e é também um tabu, pois pode obrigar o indivíduo a visitar o médico. Mas só quando a dor se tornar insuportável.
O segundo é a dicotomia entre doença e trabalho. A doença é vista como a interrupção do trabalho, portanto algo vergonhoso.
A tudo isso o autor chama de "ideologia da vergonha", vergonha de se afastar do trabalho, pois sem ele o indivíduo não tem como se alimentar ou sobreviver e sua consequência é a morte.
"É precisamente isto que deve ser estudado pela psicopatologia do trabalho, o que acontece