TRABALHO LIBRAS
De acordo com a autora Graciele Kerlen Pereira, surdez é o nome dado à impossibilidade e dificuldade de ouvir, podendo ter como causa vários fatores que podem ocorrer antes, durante ou após o nascimento. No Brasil, estima-se que existam cerca de 15 milhões de pessoas com algum tipo de perda auditiva.
No Censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 3,3% da população responderam ter algum problema auditivo. Aproximadamente 1% declarou ser incapaz de ouvir. Atualmente o Brasil atende a cerca de 700 mil pessoas com surdez nos diversos níveis e modalidades de ensino, distribuídas entre escolas especiais para surdos, escolas de ensino regular e ONG's.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 1,5% da população brasileira (2,25 milhões) é portadora de deficiência auditiva. Em 1998, havia 293.403 alunos, distribuídos da seguinte forma: 58% com problemas mentais; 13,8%, com deficiências múltiplas; 12%, com problemas de audição; 3,1% de visão; 4,5%, com problemas físicos; 2,4%, de conduta. Apenas 0,3% com altas habilidades ou eram superdotados e 5,9% recebiam "outro tipo de atendimento” (Sinopse Estatística da Educação Básica/Censo Escolar 1998, do MEC/INEP).
No Brasil, empresas com mais de cem funcionários devem contratar 2% de pessoas com deficiência, com 201 a 500 funcionários - 3%, de 501 a 1000 - 4 % e de 1001 funcionários em diante, 5%.
2. OS ESTUDOS SURDOS EM EDUCAÇÃO: PROBLEMATIZANDO A NORMALIDADE
O autor ao escrever sobre esta temática tem a intencionalidade de levar o leitor a refletir sobre a importância da dialogicidade como possibilidade de aceitação das diferenças, cujo foco, neste caso é a comunidade surda, a partir de uma visão antropológica.
Os estudos já realizados no campo da educação são essenciais para aguçar discussões na área da surdez. É relevante mencionar que por meio do diálogo há possibilidade de informação, autoformação e reconhecimento do sujeito.