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A realidade da criança surda, em tudo é igual à de qualquer outra criança, fora a da comunicação verbal, que na primeira infância não parece tão relevante, contribui em grande parte para esta resistência que apresentam as famílias a desvelar e a tentar penetrar no mundo das comunidades surdas.
Por este afastamento, também são responsáveis os profissionais da saúde. Médicos que logo após o diagnóstico acenam com intervenções terapeutas de excelentes resultados quando na realidade estes são relativos, ou pior, sugerem intervenções radicais que envolvem efeitos colaterais inaceitáveis para crianças que tem a sua frente todo um futuro de vertiginosa evolução científica.
Não menos responsáveis os fonoaudiólogos, felizmente em número cada vez menor, que atendem crianças surdas ignorando em sua prática, a necessária inclusão da língua de sinais. A não aceitação da língua de sinais tenciona e desqualifica as relações familiares gerando conflitos, muitas vezes encobertos, de profundas consequências para todos os envolvidos.
A tarefa de aprender a usar a língua de sinais dentro da família é difícil, mas não é impossível. Temos muitos exemplos que o comprovam, infelizmente os exemplos de famílias conflitadas, de abandono real ou funcional do filho surdo.
A exclusão social e educacional são indicadores da realidade, que durante séculos desconsiderou a existência da língua de sinais utilizada pelas pessoas surdas. No Brasil, segundo o IBGE, o número de pessoas com surdez é muito alto. No entanto, os dados do Censo Escolar/2005 registraram a matrícula de apenas 66.261 alunos surdos ou com deficiência auditiva na Educação Básica e o Censo da Educação Superior/2004 registrou 974 alunos com deficiência auditiva. Para modificar essa realidade, os movimentos sociais e educacionais, a partir de demandas da comunidade surda e de pesquisas realizadas começaram a reivindicar o