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A denúncia mostrou que o árbitro Edilson Pereira de Carvalho estava envolvido com grupo de empresários, liderado por Nagib Fayad, que combinava determinado resultado em jogos apitados por ele e fazia apostas em sites - no Brasil, a prática de apostas eletrônicas em jogos nacionais é ilegal. Para cada partida em que aceitou participar do esquema para favorecer um time, Edilson recebeu entre R$ 10 mil e R$ 15 mil.
Reportagem investigativa da Revista VEJA que fez a denuncia
Edição 1924 - 28 de setembro de 2005
Revista VEJA revela o maior escândalo já visto no futebol brasileiro: em conluio com empresários, dois juízes um deles árbitro da Fifa fraudavam resultados de partidas para lucrar com apostas
André Rizek e Thaís Oyama
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo) e a Polícia Federal estão a ponto de desmantelar uma quadrilha montada com o objetivo de manipular resultados de partidas de futebol do Campeonato Brasileiro e do Paulista. Ela envolve um grupo de empresários, donos de bingos em São Paulo e Piracicaba (no interior paulista) e o árbitro Edilson Pereira de Carvalho, um dos dez juízes brasileiros pertencentes aos quadros da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que reúne a elite da arbitragem mundial. Com os resultados acertados com o juiz, a quadrilha lucrava em apostas milionárias em sites de jogatina na internet. É o maior golpe na paixão dos brasileiros pelo futebol e um escândalo de repercussão internacional.
Gravações telefônicas mostram que