trabalho do neri 1
CAP.1 – COMO NÃO SE DEVE ESCREVER
Para um advogado, tudo é linguagem, e é natural que cada profissão desenvolva sua própria linguagem, com características inconfundíveis, que todos os seus membros terminam naturalmente por adotar. E é importantíssimo o vocabulário técnico, dentro do âmbito de cada profissão, para poder evitar as ambiguidades tão comuns da linguagem usual, além de servir para deixar mais rápida e eficiente a comunicação entre os interlocutores especializados. A boa comunicação é uma necessidade básica na vida jurídica.
“Todas as profissões têm um vocabulário técnico, que serve como um atalho para simplificar a comunicação e evitar equívocos”.
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A LINGUAGEM DO ADVOGADO
A relação do advogado com a linguagem, é muito mais complexa do que a dos outros profissionais. Quando escreve, é para relatar o que fez ou anunciar o que pretende fazer.
Para o advogado, tudo é linguagem: é esse o único instrumento de que ele dispõe para tentar convencer, refutar, atacar ou defender-se. Também é na linguagem que se concretizam as leis, o profissional do Direito, desse modo, precisa conhecer os principais recursos do idioma.
“A linguagem é o único instrumento de que dispõe o advogado para exercer sua profissão”.
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ORGANIZAÇÃO, CLAREZA E PRECISÃO
Isso exige que o advogado, seja um usuário privilegiadíssimo da língua portuguesa. Além de dominar o indispensável vocabulário especializado, ele precisa conhecer todos os recursos expressivos do idioma. Mas não basta: o advogado deve escrever de maneira organizada, clara e precisa.
“Para atingir seu objetivo fundamental, que é convencer o leitor, o profissional do Direito deve ser capaz de escrever bem, e não seria exagerado afirmar que não existe alguém que escreva mal e seja um bom advogado”.
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O ADVOGADO TEM A OBRIGAÇÃO DE ESCREVER BEM
Por paradoxal que possa parecer, o advogado é um dos profissionais que pior escreve. Um dos objetivos deste livro é convencer o leitor de que não há nenhum motivo
prático