CONCLUSÕES A internacionalização de empresas é um fenômeno em pleno curso no cenário econômico atual. Em muitos casos ele ocorre apesar da falta de incentivo estatal, ou até mesmo em sentido contrário às políticas públicas. É fato que a atividade empresarial não espera – e às vezes, nem tem condições de esperar – que os governos nacionais sejam facilitadores plenos do processo de internacionalização. Conforme visto acima, são muitos os motivos que levam firmas a se internacionalizar. As razões estão ligadas principalmente à racionalidade econômica de manter ou aumentar a competitividade, ganhar acessabilidade de mercado e diminuir os riscos de operação. Além disso, o relatório da UNCTAD (2005) demonstra que na medida em que o IDE contribui para o aumento da competitividade, os países em desenvolvimento devem apoiar a internacionalização de suas empresas. São necessárias políticas coerentes, de longo prazo, de forma a apoiar a visão estratégica para internacionalização de empresas e promover atividades de maior valor agregado, intensivas em conhecimento, e a expansão de empresas nacionais competitivas e eficientes. Este mesmo relatório aponta para a necessidade de apoio institucional para encorajar IDE de países em desenvolvimento. Na literatura há certo consenso de que o Estado pode e deve incentivar a internacionalização de suas empresas, buscando eliminar as barreiras existentes em suas estruturas regulatórias – como mostrado no caso indiano – buscando também criar estímulos capazes de direcionar o processo de forma que interesse ao próprio país. Assim como muitas empresas brasileiras ainda buscam o aperfeiçoamento para atuar globalmente em condições de igualdade, o governo brasileiro procura estabelecer o equilíbrio na atuação das políticas públicas para fomentar o desenvolvimento na sua plenitude, de modo a atender ao crescimento econômico sem abandonar as idéias distributivas. É este o caminho que tem