Trabalho de Neuroanatomia
CURSO DE BACHARELADO EM TERAPIA OCUPACIONAL
NEUROANATOMIA
Jéssica Rodrigues André
Rejane do Socorro Gomes Farias
Rodrigo de Azevedo Gentil
HOMÚNCULO DE PENFIELD
BELÉM - PARÁ
2013
Na década de 1940, Wilder Penfield, um brilhante neurocirurgião canadense, assistia a pacientes portadores de epilepsia clinicamente intratável. Sabe-se que na epilepsia, antes de uma crise, os pacientes podem experimentar uma "aura," isto é, uma espécie de aviso de que ela está prestes a ocorrer. Penfield pensou que, se pudesse provocar esta aura com uma leve corrente elétrica no cérebro dos pacientes, encontraria então o foco da crise epiléptica. E que, com a remoção cirúrgica desse tecido cerebral afetado, também pudesse curá-los.
Com os enfermos conscientes, embora anestesiados, Penfield abria seus crânios para localizar e remover os focos cerebrais identificados como epileptógenos. Uma técnica cirúrgica experimental na qual ele começou a colecionar casos bem sucedidos. E que conduziu a uma descoberta extremamente importante. Ao estimular eletricamente o lobo temporal, situações vivenciadas pelos pacientes (muitas vezes esquecidas) eram naqueles momentos por eles recordadas. O que significava dizer que existe uma base física para a memória. Prosseguindo suas investigações, Penfield, baseado nas informações que obtinha de seus pacientes durante os atos cirúrgicos, passou a identificar as relações das áreas do córtex cerebral com as diversas regiões do corpo humano.
Até obter um mapeamento cerebral em que as várias regiões do corpo ficavam representadas no córtex, porém em tamanho e disposição diferentes de como elas se encontram no corpo. E, para facilitar a compreensão deste fato, idealizou as figuras dos homúnculos corticais. Um homúnculo sensorial e um homúnculo motor. O primeiro representado com os lábios, as bochechas e as pontas dos dedos desproporcionalmente grandes por serem as partes mais