Trabalho de literatura
Realismo e Naturalismo em Portugal
O fim das atividades do Grupo do Leão não significou acabar com o Naturalismo. Antes pelo contrário. Em simultâneo houve várias tentativas de executar realismo, mas devido às particularidades existentes no meio artístico português, foram experiências isoladas, embora de grande qualidade, mas sem grande repercussão. Outra questão importante é o carácter experimental de certas obras. Apesar do Impressionismo não ter seguidores nacionais, existem obras, no fim do século, executadas com uma técnica de tal modo livre que se aproximam deste movimento. A temática também foi muito variada. Abrange a paisagem, os campos, cenas rústicas, pitorescas, quotidiano, cenas burguesas, marinhas, tradições, retrato, animais, edifícios, interiores, exteriores, etc. Grande parte dos artistas portugueses aderiu incondicionalmente a esta estética, muito apoiada pelo público, mantendo-se até muito tarde, terminando apenas nos anos 40 de século XX. É de referir que em pleno século XX permanece a par do modernismo.
Realismo e Naturalismo no Brasil
O Realismo, no Brasil, nasceu em conseqüência da crise criada com a decadência econômica açucareira, o crescimento do prestígio dos estados do sul e o descontentamento da classe burguesa em ascensão na época, o que facilitou o acolhimento dos ideais abolicionistas e republicanos. O movimento Republicano fundou em 1870 o Partido Republicano, que lutou para trocar o trabalho escravo pela mão-de-obra imigrante.
Nesse período, as idéias de Comte, Spencer, Darwin e Haeckel conquistaram os intelectuais brasileiros que se entregaram ao espírito científico, sobrepujando a concepção espiritualista do Romantismo. Todos se voltam para explicar o universo através da Ciência, tendo como guias o positivismo, o darwinismo, o naturalismo e o cientificismo. O grande divulgador do movimento foi Tobias Barreto, ideólogo da Escola de Recife, admirador das idéias de Augusto Comte e Hipólito