Trabalho De Hist Ria
A organização de bandos armados conhecidos como cangaceiros se relaciona com as dificuldades da vida sertaneja no início da Primeira República, geradas pela concentração da propriedade rural, pelas secas e pelo mandonismo dos coronéis.
Em uma primeira fase do cangaço, os grupos armados eram sustentados por chefes políticos locais, que lhes davam casa, comida e muitas vezes um pequeno pedaço de terra em troca de proteção armada nas disputas políticas com os adversários. Em um segundo momento, formaram-se bandos desvinculados do poder político local.
A morte de Lampião.
Por volta de 1928, Lampião conheceu Maria Bonita, a mulher que foi sua companheira até o final da vida. Nos anos de 1930, o governo fechou o cerco contra o bando de Lampião. Perseguido pelas volantes, Lampião instalou-se em Angico, no estado de Sergipe, de onde coordenava a ação do grupo. O fim do cangaceiro estava próximo. Em 1938, a polícia cercou o esconderijo do bando, graças ao auxílio de comerciante conhecido de Virgulino. Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros foram mortos e decapitados pela polícia.
O cangaço sobreviveu por mais dois anos, centrado na figura de Corisco, um dos líderes do bando de Lampião. Corisco havia rompido com Lampião em 1937, devido a divergências na forma de conduzir o grupo. Ele foi morto pela polícia em 1940, encerrando-se a era dos cangaceiros.
Lampião e o Cangaço.
Há muita controvérsia sobre a figura de Lampião e de seus homens até os dias de hoje. Na memória popular e na visão de alguns escritores prevalece a ideia de que Virgulino e seu bando, ao roubar dos ricos fazendeiros para depois entregar aos pobres, vingavam uma história de exclusão social. O cangaceiro seria, nessa visão, um redentor. Outros pesquisadores questionam essa imagem de benfeitor do serão, afirmando que Lampião causava terror nas comunidades por onde passava.
“[...] a balada de onde extraí a maior parte desse relato não menciona [...] nenhum ato de tirar dos