trabalho de etica e moral
O mundo contemporâneo, onde as diferenças sociais, políticas e econômicas têm se acentuado em escala geométrica, vem apresentando reiteradas situações para que a sociedade como um todo aprofunde seus questionamentos em assuntos que antes eram apenas circunscritos ao âmbito da filosofia.
O sentido da vida, o papel do ser humano, a preocupação com o equilíbrio e o bom senso no uso dos recursos naturais do planeta, bem como o respeito ao semelhante, são assuntos que se desenvolveram e tomaram corpo vigoroso no findar do século XX, constituindo a temática vigente neste início de século.
Todavia, essas reflexões não se restringiram ao contexto humano individual. O desenvolvimento desordenado do capitalismo e a influência exercida pelas empresas modernas na sociedade constituíram o cenário que, por um esgotamento de modelo, fizeram com que reflexões sobre posicionamentos éticos viessem à tona. Em decorrência disto, os questionamentos a respeito de valores e atitudes éticas, antes restritas a ações individuais, ressoam na sociedade como um todo. Particularmente, é no interior das empresas, diante da necessidade de resgatar o sentido do trabalho pelo homem, que o discurso e o exercício da ética recobraram força levando a reflexões sobre as práticas e as realidades vividas nas empresas. No caminho para a discussão da ética no mundo da empresa, surge o questionamento de haver ou não possibilidade do exercício da ética no interior do capitalismo, haja vista que o acúmulo de capital, tão cultuado no último século, não trouxe alívio nem respostas para os conflitos íntimos dos indivíduos, nem da sociedade como um todo, além da própria atividade de ganhar dinheiro sempre ter tido uma aliança meio desconfortável com o senso particular de moralidade das pessoas (NASH, 1993). Os meios para aquisição do lucro são hoje questionados até mesmo por aqueles que mais tiraram proveito dos “prazeres” por ele proporcionado. A miséria, a fome, o