Trabalho de Economia
Vladimir Furtado de Brito
“Sim, mas todos aqui, a seu jeito, são partidários das novas verdades. Se elas não lhe interessam, o senhor não deveria vir conosco.” “Insisto em que não tenho a menor ideia de quais possam ser. No mundo, até hoje, só encontrei velhas verdades..., tão velhas como o sol e a lua. Como posso conhecê-las? Será para mim uma oportunidade desconhecer Boston.” “Não se trata de Boston, mas da humanidade!” Henry James, Os bosnianos
1 - INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é discutir as alternativas estratégicas para o Brasil neste novo século que se inicia. A maioria dos analistas concorda que o século XXI está começando com a consolidação, expansão e institucionalização de blocos comerciais globais, a saber, o Nafta, o Mercosul, provavelmente a Alca, a União Europeia (U.E.) e os países da Asean-pacífico capitaneados pelo Japão. Também, a entrada da China na OMC e a opção russa em participar da economia mundial abrem novas possibilidades de trocas comerciais, financeiras e tecnológicas, como a existência de potências regionais, a saber, Coréia do Sul, Índia, África do Sul, México e a própria América Latina, indicam diversas possibilidades de integração mundial.
Além disso, o processo de globalização, entendido como na definição de Nye, como um crescimento das redes mundiais de interdependência, está se tornando cada vez mais evidente que, com o desenvolvimento de novas tecnologias de transportes e comunicações, está tornando difícil à volta de práticas de políticas decrescimento econômico e social sustentável e de longo prazo que envolva protecionismos, reservas de mercado e outras políticas de cunho isolacionistas. Diante disso, a pergunta que se coloca é: qual a melhor estratégia possível para o Brasil conseguir melhores condições internacionais de crescimento econômico? Procuraremos responder, primeiramente, com uma análise sintética do estado atual da economia mundial e suas possíveis perspectivas.