trabalho de campo realizado na comunidade remanescente de quilombo Itacoã Miri
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Universidade do Estado do ParáCentro de Ciências Humanas
Curso de Licenciatura Plena em Geografia
Núcleo de Barcarena – Campus XVI
WALEF BARBOSA GEMAQUE
Trabalho de campo realizado na comunidade remanescente de quilombo Itacoã Miri
Barcarena
2014
Trabalho de campo realizado no dia 16 de junho de 2014, na comunidade quilombola Itacoã Miri que significa: pedra amarela pequena. Está situada no município do Acará, na região conhecida como Baixo Acará. Analise feita a cerca do conceito de território e territorialidade. Nesta mesma região, são conhecidas também as comunidades quilombolas de Guajará, Igarapá Jacarequara, Espírito Santo, Carananduba, Monte Alegre, São Pedro, Boa Vista, São Miguel, Santa Maria, Paraíso, Itaporama e Tapera.
Ao longo do século XVIII e no começo do século XIX, o Baixo Acará foi uma das maiores áreas de produção canavieira do Estado do Grão-Pará. Os escravos eram bastante utilizados no trabalho de plantação de cana. Além disso, também trabalhavam nos plantios de cacau, arroz, algodão, mandioca e na criação de gado.
Os quilombos do Baixo Acará se originaram das fugas de escravos das fazendas e olarias da região. Situavam-se nas proximidades de Belém, o que os ajudou na integração econômica, mas também contribuiu para serem mais facilmente encontrados pelas expedições de captura de escravos fugidos.
O Baixo Acará foi também um dos primeiros locais do Pará onde começou o movimento da Cabanagem. No início do século XIX, período de declínio da produção canavieira, o Vale do Acará foi palco de muitos conflitos. Isso contribuiu para que se formassem muitos quilombos na região.
Estas comunidades remanescentes quilombolas foram criadas ao longo da historia pela sociedade que vivia esta realidade, elas não podem ser definidas por fatores biológicos ou raciais, em vista que os quilombos não eram compostos só por negros, mas também por índios, mestiços e brancos. Desse modo, Benatti (apud TRECCANI,