Trabalho de antropologia
Atividade pág. 123 a 129
1) Neste trecho de Argonautas do Pacífico Ocidental podemos localizar uma severa crítica de Malinowski aos antropólogos evolucionistas. Que crítica é essa e que aspecto da cultura trobriandesa ele escolhe para justificá-la?
“Outra noção que precisa ser destruída de uma vez por todas é a do “Homem Econômico Primitivo”, encontrada em alguns textos de ciências econômicas”. Essa criatura fictícia, cuja sombra penetra até mesmo na mente de certos antropólogos competentes esterilizando lhes a visão através de ideias preconcebidas, é um homem primitivo ou selvagem imaginário, movido em todas assuas ações por uma concepção racionalista do interesse pessoal, atingindo seus objetivos de maneira direta e com o mínimo de esforços. Um único exemplo bem analisado será suficiente para mostrar quão absurda é a suposição de que o homem – e de modo especial, o homem de baixo nível cultural – seja movido por interesses particularistas puramente econômicos. Esse exemplo que nos é fornecido pelo primitivo habitante das Ilhas Trobriand, lança por terra toda essa falsa teoria. O nativo de Trobriand trabalha movido por razões de natureza social e tradicional altamente complexa; seus objetivos certamente não se referem ao simples entendimento de necessidades imediatas nem a propósitos utilitaristas. Assim, antes de mais nada, como já vimos, o trabalho nativo não é executado segundo a lei do menor esforço. Muito pelo contrário, em sua realização são despendidas grandes parcelas de tempo e energia que, do ponto de vida utilitário, são inteiramente desnecessárias. O trabalho e o esforço não constituem apenas meios para atingir certos fins, mas, sob certo ponto de vista, um fim em si mesmo. Nas Ilhas Trobriand, o pretígio de um bom agricultor é diretamente proporcional à sua capacidade de trabalho e à quantidade de terra que consegue lavrar. O título de “tokwaybaguta”, que significa “bom ( ou