Trabalho criança e mulheres revolução industrial
O trabalho feminino e infantil foi uma das características mais marcantes da Revolução Industrial.
A concepção era de que as crianças pobres deveriam trabalhar, porque o trabalho protege do crime e da marginalidade, uma vez que o espaço fabril era concebido em oposição ao espaço de rua, considerado desorganizado e desregulado. Além disso, o trabalho das crianças permitia um aumento da renda familiar, ao mesmo tempo em que podia ser visto como uma escola, a escola do trabalho.
As crianças eram utilizadas nas fábricas e nas minas de carvão, sendo que muitas morriam devido ao excesso de trabalho, da insalubridade do ambiente e da desnutrição. Entre 1780 e 1840 intensificou-se a exploração de crianças. Eram ajudantes de cozinheiro, operadoras de portinholas de ventilação, ou nas fábricas.
As condições de vida dos pequenos trabalhadores era dantesca: trabalhavam até 18 horas por dia, sob o açoite de um capataz que ganhava por produção
A crueldade no uso do trabalho infantil na fábrica não ficava indiferente para os pais das crianças. Eles ingressaram nas lutas pela redução da jornada de trabalho, contribuindo para a formação de Comitês pela Redução da Jornada dos Trabalhadores, contra os quais houve a formação das Comissões das Fábricas que defendiam os interesses dos patrões.
Contra a crueldade, os Comitês para Redução da Jornada organizavam campanhas entre os operários. Muitas fábricas eram concebidas como uma espécie de casa de correção para crianças indigentes. As crianças mais jovens enrolavam carretéis, as mais velhas verificavam eventuais defeitos, recolhiam sobras de tecidos ou ajudavam a acionar a laçadeira nos teares maiores. O trabalho infantil estava profundamente arraigado nas atividades têxteis, despertando a inveja dos trabalhadores em ocupações onde as crianças não podiam trabalhar e aumentar o rendimento da família.
As crianças submetiam-se ao trabalho com maior