trabalho contabilidade
Por Joaquim Fernando da Cunha Guimarães Novembro de 2004
O livro “Lições de Contabilidade Geral”, de Jaime Lopes Amorim (FIGURA N.º 1)1 constituiu, sem dúvida, um referencial e um marco histórico na investigação contabilística em Portugal2, pois posiciona a Contabilidade numa perspectiva científica e de ensino superior.
A este propósito, Cimourdain de Oliveira3 refere4:
“Pode dizer-se, sem a mínima ofensa da verdade, que a publicação destas «LIÇÕES» marca o início em Portugal da exposição da Contabilidade em termos científicos e de nível universitário. Sem desprimor, que seria estultícia, para os nomes já então ligados à Contabilidade no nosso País, as publicações até aí vindas a público eram, regra geral, da autoria de práticos e outros estudiosos da Contabilidade, mas as matérias tratadas eram-no sob o ponto de vista prático ou profissional e muito pouco sob o ponto de vista teórico ou científico – tal como o próprio Lopes Amorim refere no prefácio das suas «LIÇÕES».
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A seguir, servindo-se de uma pouca vulgar cultura filosófica, dedica- -se à defesa da tese de que a Contabilidade é uma ciência e, como ele diz “não uma ciência por favor, mas sim uma ciência de facto, uma ciência de verdade.
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1929, data da publicação das suas «LIÇÕES DE CONTABILIDADE GERAL», não pode, pois, deixar de considerar-se uma data de ouro na evolução dos estudos de Contabilidade no nosso País e – o que não é menos importante – marca o início da fase científica do ensino da Contabilidade em Portugal.”.
Sobre a mesma obra Gonçalves da Silva5 refere:
“Quanto ao item n.º 1, ninguém contestará a relevância que o referido livro de Lopes Amorim assume na história contemporânea da contabilidade em Portugal.
Tal obra de cunho acentuadamente teórico e que acusa fortes influxos de certos tratadistas, designadamente Gomberg, Masi e Dumarchey, teve efeito análogo ao duma pedrada num charco; teve, de facto, o condão