trabalho ciências
Analisa o impacto do desemprego no exercício efetivo da cidadania na contemporaneidade. Iniciando seu estudo a partir de uma abordagem lexical, pontua que o lexema “desemprego”, dentro de uma perspectiva moderna, surgiu ao final do século XIX, na Inglaterra. O autor entende como atributo basilar do desemprego na modernidade a involuntariedade, ou seja, o desaparecimento gradual da intermitência temporal e espacial na relação empregatícia que vigorava antes do advento do assalariado regular. Prosseguindo em sua análise terminológica, afirma que o trabalho é uma invenção moderna, caracterizado pelo reconhecimento público de sua utilidade, tendo, a partir daí, uma contraprestação, ou seja, o salário. Distingue, ainda, o labor do trabalho, sendo que o primeiro estaria associado a todo movimento destinado atender as necessidades vitais, semelhante, portanto, a todas as outras espécies animais, e o segundo vinculado a produção solitária de bens para o seu uso, e não simplesmente para o consumo imediato. Reconhece que a noção moderna de trabalho é resultante da simbiose dessas duas atividades, resultando em algo completamente peculiar, relacionada com o seu caráter público, além das categorias relacionadas à natureza bilateral da relação empregatícia: tempo consumido e remuneração. Classifica o desemprego na modernidade em três tipos: a) estrutural, resultante da desproporção entre demanda e força de trabalho qualificada; b) tecnológica, fruto da mecanização que substitui o trabalhador; c) cíclico ou conjuntural, provocado pelas oscilações da economia. O desemprego aprofunda a desintegração social dos indivíduos, tanto no âmbito civil, político e social. Defende três propostas de política social: redução da carga horária, possibilitando a contratação de mais