Trabalho catequese
31 / janeiro / 2009 por Adriano Senkevics
“Falácias são argumentos defeituosos ou fracos, raciocínios enganosos”, segundo a definição do professor Sergio Navega. Ele também elencou uma enciclopédia de falácias, no livro “Pensamento Crítico e Argumentação Sólida”. Neste post, tentarei colocar as mais comuns. Tenho certeza que vocês já as viram algumas vezes.
Ataque ao homem: comete-se quando, em vez de atacar um argumento, ataca-se a pessoa que o proferiu.
Exemplo: “Todos sabemos que o nobre Deputado é um mentiroso e trapaceiro contumaz, portanto como podemos concordar com sua ideia de redução de impostos?”
Argumento circular: a conclusão que se estabelece é usada também como uma premissa ou como um suporte de premissa.
Ex: “Deus existe porque isso é dito na Bíblia. E é claro, a Bíblia é totalmente verdadeira, porque é a palavra de Deus.”
“Você também”: os erros cometidos por outros são usados para desconsiderar o argumento apresentado (uma variante do “Ataque ao homem”).
Ex: “Como posso aceitar o argumento de que fumar faz mal à saúde, se é dito por um médico que fuma tanto quanto eu?”
Apelo à ignorância: conclui-se que algo é verdadeiro só porque não pode ser provado como falso.
Ex: “Como não provaram que fantasmas não existem, então eles devem existir.”No entanto, o seguinte argumento é válido, porque quem propõe um argumento deve ficar com o encargo de prova-lo: “Como a promotoria não conseguiu provar que o réu é culpado, declaramos que ele é inocente.”
Apelo à autoridade: procura-se sustentar um argumento usando a declaração de alguma autoridade que muitas vezes especula fora de sua especialidade ou é contradita.
Ex: “Você deve tomar 10g de vitamina C por dia, pois isso foi recomendado por Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química.” Há estudos que contradizem.
Apelo à tradição: justifica-se a aceitação de um argumento baseado no fato de que “sempre foi assim”.
Ex: “Nesta empresa nunca foi permitido que mulheres ascendessem