Trabalho anatomia da destrutividade humana - erich fromm
7005 palavras
29 páginas
INTRODUÇÃO Anatomia da destrutividade humana é uma obra que se destina ao estudo do caráter humano, mais especificamente a agressividade. Diferente do conceito cunhado por Lorenz, o criador da ‘’ciência do comportamento’’ chamada ‘’etologia’’, Fromm não aceita que ‘’ a agressividade do homem, expressa no seu comportamento, tal como se registra na guerra, no crime, nos conflitos pessoais e em todas as espécies de comportamentos destrutivos e sádicos, é devida a um instinto filogenicamente programado, inato, que procura descarga e aguarda a ocasião propícia para exprimir-se. ’’ (FROMM, 22). A teoria instintivista nos obriga a aceitar os crimes, guerras e qualquer tipo de conflito não só como parte de nós, mas sendo uma obrigação imposta por nossa natureza. Outra teoria bastante aceita, principalmente por psicólogos americanos, é a behaviorista que ‘’não se interessa pelas forças subjetivas que impulsionam o homem a comportar-se de uma certa forma: não está preocupada com o que ele sente, mas tão-somente com o modo por que ele se comporta e com o condicionamento social que molda o seu comportamento. ‘’ (FROMM, 23). Para o autor o instintivismo e o behaviorismo não são teorias suficientes para abarcar a complexidade do caráter humano : ‘’Ambas as posições são mono explanatórias, dependentes de preconceitos dogmáticos, e aos investigadores exigi-se que encaixem os dados em uma ou em outra dessas explanações.’’ O livro de Fromm é oferecido como uma declaração definitiva sobre as origens do apetite humano por crueldade e destruição. O autor observa que há seis anos, quando ele teve o livro como o primeiro volume de uma obra abrangente sobre a teoria psicanalítica, ele se concentrou sobre este tema, porque “além de ser um dos problemas teóricos fundamentais da psicanálise, a onda de destruição engolindo o mundo o torna também um dos mais praticamente relevantes”. O resultado é uma análise impressionantemente longa e abrangente do ‘’problema humano’’em