Trabalho academico
Texto elaborado por Luciana dos Santos Tapajós da Costa
O professor alfabetizador deve ter conhecimento de que nossa língua envolve fonética e escrita, percebendo o sentido e o som das palavras. Neste sentido, Vygotsky (1984) destaca que “os gestos são escritas feitas no ar, e os sinais frequentemente são simplesmente gestos que foram fixados no papel”.
Na verdade, a escrita de uma criança muito pequena é uma conseqüência de seus atos infantis. Ela acredita que escreve, porém o adulto muitas vezes só vê o rabisco ou um amontoado de letras, sem se dar conta de que a criança está construindo seu processo de aquisição do código escrito. Entretanto, o professor alfabetizador, jamais pode ter essa visão, de que os desenhos ou rabiscos são apenas rabiscos e nada mais. O professor alfabetizador precisa ter em mente que a criança entra em contato com o mundo da escrita antes mesmo de saber ler convencionalmente e elas já atribuem significados a coisas que estão escritas, a partir do que já conhecem.
Emília Ferreiro e Ana Teberosky desvendaram os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, levando muitos educadores a reverem seus métodos. De acordo com elas, a criança estabelece muito cedo, hipóteses em relação à escrita (primeiro acha que podemos ler desenhos; depois percebe que as letras existem para esse fim; e por último compreendem como usar essas letras para escrever). Em sua obra Psicogênese da Língua Escrita, não apresentam nenhum método pedagógico, mas revelam os processos de aprendizagem das crianças. Segundo Telma Weisz, “a história da alfabetização pode ser dividida em antes e depois de Emília Ferreiro e Teberosky”.
Os estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky tornaram possível uma nova visão a cerca da alfabetização. Tanto as descobertas de Piaget como as de Emília Ferreiro e Ana Teberosky levam a conclusão de que as crianças têm um papel