Trabalhadores com adição a drogas
O trabalho se desenvolve dentro de condições de higiene e segurança, determinadas pelo ambiente físico, por características da organização em que se trabalha, mas junto a isso, muitas vezes, os trabalhadores sofrem com as pressões e agressões à sua saúde física, mental e emocional.
Cada indivíduo traz consigo esperanças, desejos e capacidades que muitas vezes são ignoradas pela empresa na qual trabalham. Quando esta ignora as particularidades do ser humano, pode gerar no indivíduo ou no grupo a insatisfação, ansiedade e medo. Esses sentimentos levam ao sofrimento psicológico, resultado do conflito entre as pressões sofridas no trabalho e a história do indivíduo ou mesmo do grupo.
Da relação inadequada entre o conteúdo ergonômico do trabalho e a estrutura da personalidade pode surgir uma insatisfação que leva ao sofrimento mental e até as síndromes psicopatológicas caracterizadas. Porém, a rotina massacrante leva as pessoas a refletirem pouco sobre a dinâmica na qual estão inseridas. Normalmente as pessoas param, quando já desenvolveram algum sintoma, seja físico ou mental, ambos em muitas vezes relacionados.
Winnicott (1989), médico e psicanalista inglês, propõe que a saúde não seja apenas a ausência de doenças, e sim, é o grau de autonomia e desenvolvimento da criatividade do sujeito na sua relação consigo próprio e com o meio onde vive. Viver uma vida saudável depende da qualidade do vínculo que a pessoa estabelece com o meio social, entre outros aspectos, saber “administrar” a constante tensão entre seus desejos e expectativas, e as solicitações institucionais.
A dificuldade em conseguir administrar certas situações conflituosas e a carga de trabalho proveniente da insatisfação, do medo, da ansiedade, que é uma carga psíquica, além de traduzir por sofrimento emocional, pode se traduzir como doença do corpo, as chamadas doenças psicossomáticas. Estas têm origem em desordens psicológicas que interferem no adequado