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MaspMuseu de Arte de São PAulo
O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand que leva o nome de seu fundador Francisco de Assis Chateaubriand de Mello, paraibano de Umbuzeiro, fundador e proprietário dos Diários Associados, na época a maior rede de comunicações do Brasil. Em 1946, esse nordestino empreendedor encontro-se por acaso, no Rio de Janeiro, com o professor, jornalista, marchand e crítico de arte italiano, Pietro Maria Bardi. Nascido em La Spezia, Bardi havia organizado e dirigido galerias de arte em Roma e Milão. Assis Chateaubriand viu nele a pessoa talhada apara a realização de seu sonho. O começo foi difícil. Tudo estava por fazer. Não havia um acervo de obras de arte, nem um público com o hábito de freqüentar museus. Além disso, o ceticismo era muito forte. Praticamente ninguém acreditava no êxito da grande empreitada. Mas Assis Chateaubriand não era apenas um espírito quixotesco. Sua primeira decisão foi escolher São Paulo, e não o Rio de Janeiro, para sediar o museu Pois embora o Rio fosse a capital política e cultural do Brasil, era em São Paulo onde, segundo ele, o dinheiro poderia ser obtido.
Devíamos enfrentar, na microssociedade artística, dois tipos conflitantes : o ciumento conservador das antigas superstições acadêmicas, e o inovador das antecipações visionárias com fundo futurístico. O primeiro, opinando que a cidade já tinha sua pinacoteca, por vantagem estadual; o segundo, desfraldando as antigas reclamações de Martinetti contra os museus, ou seja, pela sua destruição. Um museu numa cidade em explosão demográfica como São Paulo?
Em 1947, São Paulo era uma cidade à procura de uma ordem urbanística, de uma arquitetura partidária do esquema do ecletismo, de escassa produção artística. Um acontecimento determinante, a vontade de sair do impasse da inércia estética, a Semana de Arte Moderna de 1922 era, então simples lembranças de reuniões turbulentas genericamente antiacadêmicas, mas sem propostas positivas de certo valor.
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