trab regis
Não é de se admirar que a educação, assim como todas as outras dimensões socais, esteja em crise. Não só nos países periféricos, mas, embora de modos diferentes, também nos países centrais. Afinal, o mundo todo está em crise.
A existência de crise no capitalismo não é nova. Por isso mesmo, muitos pensam que está, a semelhança de outras, é uma crise de caráter conjuntural, após a qual a humanidade encontrará um outro patamar superior de desenvolvimento.
Outros, porém, entendem que há uma diferença substancial entre esta crise e as crises precedentes. Não que ela significasse o colapso inevitável do capitalismo, mas que ela estaria atingindo estruturas mais profunda desta ordem social.
E, em consequência, achamos que a educação não poderia deixar de ser profundamente afetada por esta crise estrutural. De modo que a atividade educativa se vê diante de uma encruzilhada: contribuir para a reprodução ou para a superação desta ordem social. Contudo, surgem às algumas perguntas inevitáveis: de que modo a educação é afetada por esta crise estrutural? Como conduzir a atividade educativa de modo que ela contribua, para a superação desta ordem social? Isto é possível? Em que medida? A resposta não é de modo nenhum fácil uma vez que envolve inúmeros e complexos aspectos. A dificuldade é ainda maior, se levarmos em consideração a gravidade e a urgência dos problemas a exigirem soluções imediatas. Contudo, por maior que seja a urgência, é preciso fazer um esforço no sentido de uma reflexão serena e rigorosa, pois desta depende uma pratica lucidamente orientada.
A educação e a crise.
É neste quadro que a educação tem que ser pensada, hoje, tanto no sentido geral como no sentido específico do Brasil. Na esteira de Marx, entendemos que o trabalho é o fundamento ontológico do ser social. Ao trabalho, pois, pertence este caráter matizado que nenhuma das outras dimensões pode assumir. Quanto às outras dimensões embora se originem a partir do trabalho, sua natureza e