touraine
Alain touraine é um dos grandes críticos da modernidade. O quinto capítulo da sua obra tem como titulo o retorno a si. Neste capítulo o autor começa descrevendo como tem sido definida ou vista a modernidade, onde ele diz que é considerado moderno tudo aquilo que é constantemente transformado, a oposição entre comunidade e sociedade, onde a sociedade é considerada o moderno, etc. O autor avança que em nenhum outro lugar a ideia de sociedade teve mais destaque do que no mundo ocidental, isto que o mundo ocidental identificou-se mais com a modernidade.
Touraine afirma que muitos analistas têm tido a tendência de afirmar a ruina da própria modernidade e a anunciar a nossa entrada na era pós-moderna, e na óptica do autor falar assim é afirmar o desaparecimento de todo o princípio histórico central de definição do conjunto social.
Para Touraine modernidade define-se pelo facto de não dar fundamentos sociais aos factos sociais, impor a submissão da sociedade a princípios ou valores, que em si mesmos não são sociais. A modernidade é fundada com base em dois princípios que são: o princípio da crença na razão e na acção racional, e o princípio do reconhecimento dos direitos do individuo. A modernidade deixou de ser uma forma de vida e passou a ser um par de forcas opostas e complementares que dão a uma sociedade um pleno controlo de si mesmo, onde em tudo passa a haver criação, acção, trabalho em todo lado, liberdade sem limites e rejeição de toda moralização da vida pública que possa limitar a liberdade do actor.
Os dois princípios acima mencionados, juntos definem bem a modernidade, rejeitam toda a ordem social que não seja criada pelas suas próprias forcas e que se subordine a uma revelação divina. Uma das questões que o autor levanta é, como chegar a modernidade, onde ele vai dizer que seja qual for tipo de modernização não é a condição necessária e suficiente para se chegar a modernidade. Na visão do autor chega