Torá ou bíblia sagrada?
De fato, o que difere o Torá da Bíblia Sagrada é o “novo testamento”, a história de Jesus de Nazaré, filho de José e Maria, entretanto, quando observamos somente por este ângulo, a visão assume um referencial embuçado de realidade, principalmente quando se considera a história da tradução dos pergaminhos originais desde Moises até os dias atuais. Antes da era cristã, houve aproximadamente 40 traduções não confirmadas do Torá para outras línguas sendo a primeira para a língua grega (grego koiné) na Alexandria, esta é a mais antiga tradução do Pentateuco e é chamada de Septuaginta (LXX), palavra do latim que significa setenta, pois segundo a “lenda” setenta e dois eruditos judeus a fez em setenta e dois dias; muitas são as especulações quanto a “fraude das fraudes” a real data de “nascimento” do livro Septuaginta, entretanto, não se pode negar a sua existência bem como o fato de a Septuaginta ser o portfólio utilizado pela Igreja Católica para levar a escritura para o Latim, alguns livros podem inclusive ter sido traduzidos mais de uma vez, configurando diferentes versões e posteriormente revisados.
A Septuaginta foi a alçada para o reconhecimento semântico de um Velho Testamento e a ascensão do Novo Testamento pelo imperador romano Constantino 325 d.C., em Nicéia, para se analisar os fatos faz-se necessário adotar um referencial analítico e crítico mais elevado, distanciando-nos das vias de defesa enraizadas pelo tempo. Os cinco primeiros livros sagrados receberam o nome de Torá e foram entregues por D-us a Moises, são eles: Bereshit - Gênesis, Shemot - Êxodo, Vaicrá - Levítico, Bamidbar - Números e Devarim - Deuteronômio; estes livros compõe a famosa lei mosaica que é o alicerce do judaísmo. Os judeus mantiveram os cinco livros do Pentateuco e as Haftarah (Livros restos do Torá ex: Isaias, Jeremias, Malaquias...), guardados com sigo até a necessidade geográfica da tradução do hebraico para o grego resultando na Septuaginta.
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